Apresentações relâmpago

SOBRE O WORKSHOP

Nessa dinâmica de apresentações relâmpago, duas jornalistas especializadas em dados e uma pesquisadora em geotecnologias livres conversam sobre raça, jornalismo investigativo e a necessidade de tecnologias livres para a promoção do desenvolvimento ambiental. Esses três componentes, embora pareçam distintos, coexistem para um mesmo fim.

Marina Cubas, editora do Centro Latinoamericano de Investigación Periodística, apresenta de forma introdutória a produção e análise de dados através da Loja de Dados. Esta plataforma   gratuita possibilita cruzar dados dentro do próprio site, fazer downloads e fomentar a produção científica. A plataforma é voltada para dados geográficos e climáticos, principalmente da região amazônica. No caso do Centro Latinoamericano de Investigación Periodista (CLIP), a base de dados da plataforma é fundamental para a produção de matérias investigativas que necessitam de conjunto de dados como desmatamento, poluição ou queimadas.

 

 

Nesse caminho, Camila Rodrigues, jornalista da agência de jornalismo independente Alma Preta, fala sobre a necessidade de promoção de matérias voltadas para a democratização de dados raciais. Em grandes veículos de informação, a maioria das notícias veiculadas às pessoas negras (pardas e pretas) são extremamente negativas, muitas vezes sensacionalistas e racistas. Pensando nisso, o Alma Preta vem como uma alternativa de jornalismo investigativo e democratizador. Ao focar na matéria  “58% da perda de vegetação nativa de quilombos ocorre nos 4 estados do Matopiba”, Camila chama atenção para a necessidade de reconhecimento e proteção dos quilombos brasileiros frente à conservação de áreas verdes, além de apresentar nacionalmente, também através da agência, a produção e divulgação de dados de conservação de área nativa em quilombos.

 

 

Por sua vez, a pesquisadora Tatiana Pará, especialista em geotecnologias e fundadora do projeto Meninas na Geo, que incentiva mulheres a produzirem ciência no Brasil, apresentou a importância do conhecimento básico das geotecnologias para entender como melhor trabalhar com reconhecimento de espaços geográficos, especificamente na Amazônia, através do Open Source Geospatial Foundation (OSGeo), uma plataforma que permite o livre acesso de dados e a contribuição de parceiros na própria produção de dados. Sites como HOT Tasking Manager (hotosm.org), Folheto – uma biblioteca JavaScript para mapas interativos, Cubo de Dados Abertos | Código aberto , OpenLayers e outras plataformas também estão inclusas no OSGeo.

LOCAL

Sala E206

NÍVEL

Básico.

REFERÊNCIAS

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Camila Rodrigues

Jornalista com mestrado em economia e doutoranda em demografia. Editora e repórter, com quase 20 anos de experiência em redações da grande imprensa e de veículos independentes de comunicação. Atua na cobertura de direitos humanos desde 2012. Recebeu o Prêmio Vladimir Herzog na categoria Internet em 2012, também pelo Instituto Vladimir Herzog recebeu uma menção na categoria Revista em 2013 e o Prêmio de Jornalismo do Ministério Público do Trabalho em 2014. Atualmente, trabalha como jornalista de dados na Alma Preta.

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Jenifer Pereira

Graduanda em Licenciatura em História pela Universidade Federal do Pará (2021 – 2025) e Bolsista IC pela CNPq. Já trabalhou como organizadora de eventos acadêmicos na UFPA, também como monitora na mesma instituição e recentemente apresentou pesquisa no Seminário Internacional de História e Historiografia na UFC.

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Marina Gama Cubas

Jornalista e cientista de dados. Atualmente é editora de dados no Centro Latinoamericano de Investigación Periodística (CLIP), consultora de dados e jornalista científica no Jornal da Unicamp. Trabalhou em editorias de dados no Brasil e no exterior, foi coordenadora e editora de dados na Ambiental Media e repórter na Folha e no Estadão. Fez parte de projetos especiais em veículos como InfoAmazonia, Repórter Brasil e Aos Fatos. Ganhou os prêmios ANA 2023 e Gabo 2020. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo de Dados Cláudio Weber Abramos (2020) e dos Sigma Awards (2023 e 2024).

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Tatiana Pará

Mãe, nascida na Amazônia, agrônoma, especialista em Geotecnologias, atua como professora do IFPA campus Belém. É fundadora do grupo Meninas da Geo, presidente do capítulo da Osgeo Brasil e embaixadora da Open Knowledge Brasil. Atua com mapeamento colaborativo na Amazônia e empoderamento feminino através das Geotecnologias.

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