* Por Natalia Mazotte e Marco Túlio Pires

Lidar com grandes bases de dados é uma das habilidades que a 8ª Conferência Global de Jornalismo Investigativo, a maior já realizada sobre o tema, busca trazer aos seus participantes durante seus quatro dias de atividades. No mesmo evento, os esforços para treinar e conscientizar jornalistas e cidadãos sobre o potencial do uso de dados ganharam reforços com o lançamento da Escola de Dados, iniciativa da Open Knowledge Foundation no Brasil.

Participamos de diferentes mesas e atividades para divulgar a iniciativa e envolver novos participantes na Escola de Dados. Em dois dias, cerca de 30 pessoas já acompanham a lista de discussão do grupo. Mais de 50 pessoas já seguem a escola no Twitter. Saiba como participar neste link.

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No domingo estivemos no Hack in Rio 2013, um hackday organizado especialmente para o congresso. O dia foi conduzido por Mariano Blejman (do Hacks/Hackers Buenos Aires) e Miguel Paz, do projeto Poderopedia. Jornalistas e programadores de diversos países, incluindo Brasil, Portugal, Peru, Canadá e Malta, deram início a sete projetos — investigação sobre os gastos com a copa, corrupção no estado do Paraná e uma ferramenta para indexar documentos compartilhados em uma redação são alguns exemplos.

Já conhecida na Europa e nos EUA (como School of Data), a Escola de Dados busca promover entre organizações sociais, jornalistas e cidadãos os conhecimentos necessários para lidar com esses dados de forma eficaz.

O site do projeto reúne dicas, cursos e materiais que ensinam como captar, tratar e transformar dados em informações úteis. Tudo adaptado ao contexto brasileiro, como um guia para obter dados públicos usando a Lei de Acesso à Informação e um manual de como promover expedições de dados locais, hackdays etc.

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Além disso, o blog traz novidades e análises sobre ferramentas de jornalismo de dados, casos de sucesso no trabalho com o uso de dados em redações e por outras comunidades e diversos tutoriais.