Por Alessandro Junior

Jornalistas e instrutores das oficinas Gastos Abertos em São Paulo.

A última foto: jornalistas e instrutores no último dia de curso das oficinas Gastos Abertos

Depois de aprender sobre dados abertos e estruturados, obtenção de dados via lei de acesso e raspagem, limpeza e análise de planilhas, os alunos das Oficinas Gastos Abertos entraram no universo da visualização de dados nos dois últimos dias do treinamento.

Nesta quinta-feira (10), Natália Mazotte, coordenadora da Escola de Dados, iniciou a aula ressaltando a importância de se ter cuidado com a escolha da representação das informações.

Natália demonstrou como os gráficos podem distorcer informações, seja utilizando uma escala não ideal ou uma forma de visualização não intuitiva. Até mesmo o recorte de período pode distorcer os fatos, induzindo o leitor a comprar uma tese fabricada.

A coordenadora da Escola de Dados ressaltou que é preciso ter atenção com diversos detalhes para não comprometer a visualização. “A representação visual de dados é destinada a revelar evidências, permitir análises e extrair informação e significado”, afirmou Natália. A utilização de dados insuficientes para contextualização, a hipersimplificação de informações e a alteração dos eixos do gráfico são alguns exemplos do que pode distorcer a mensagem final.

“Uma representação gráfica precisa ser capaz de permitir a comparação, ajudar na classificação e evidenciar correlação entre variáveis”, explicou. Para auxiliar a tarefa da escolha das representações, os jornalistas foram apresentados ao site Data Visualisation Catalogue, que descreve a utilização ideal de cada tipo de gráfico.

Depois de entender conceitos importantes de design da informação, os alunos colocaram a mão na massa e puderam criar exemplos de visualizações com Infogr.am, Timeline.js, Odyssey.js, StoryMap e Tableau, entendendo o objetivo e o uso básico de cada uma dessas ferramentas.

Na última aula, nesta sexta-feira (11) a turma continuou testando as possibilidades de apresentar dados, guiada pelo jornalista e editor do projeto Volt Data, Sérgio Spagnuolo.

O jornalista mostrou como criar gráficos com o Highcharts, o Silk e o Plotly, e apresentou a ferramenta de construção de mapas CartoDB. Os alunos ainda aprenderam a publicar no Github antes de começarem a trabalhar em seus projetos.

A semana de jornalismo de dados terminou com a apresentação dos projetos finais dos grupos formados durante o curso. Os alunos que finalizarem os trabalhos poderão concorrer a um prêmio de R$1.000,00. A matéria sobre orçamento considerada mais bem realizada pela coordenação do projeto Gastos Abertos será a vencedora e o anúncio será feito no dia 21 de janeiro.

Confira como foram os outros dias das primeiras Oficinas Gastos Abertos no blog da Escola de Dados.