Quando anunciamos o grupo de estudos da Escola de Dados no início de fevereiro a adesão foi praticamente instantânea. Em pouco tempo reunimos 95 interessados na nossa lista de discussão e temos organizado encontros vibrantes, muitos deles dominados por mulheres. Pouco a pouco, com muita dedicação e motivação, um grupo fantástico de pessoas têm aprendido a transformar problemas do mundo real em questões que podem ser resolvidas pelo computador. Cada semana tentamos captar, aqui no blog, algo interessante sobre os encontros. Essa semana, vamos contar como o jornalista José Casadei, o “Zé”, um dos mais dedicados do grupo, teve o encontro da semana todinho pra ele. Duas horas com a equipe da Escola de Dados, um bate-papo delicioso sobre tuplas, listas, dicionários e funções recursivas.
Os encontros de terça-feira da Escola de Dados acontecem no ImpactHUB, na capital Paulista. Um espaço colaborativo disponível para locação numa taxa por hora. Há telão, mesas, conexão wi-fi, uma copa e um clima muito legal. A Open Knowledge Brasil, fundação-mãe da Escola de Dados, gentilmente aluga o espaço semanalmente para que os encontros do grupo de estudos possam acontecer da melhor forma possível.
Dessa vez, o Zé teve a sala do ImpactHUB toda pra ele. Único presente no encontro de terça-feira (18), o jornalista, que toda semana sai do Butantã para participar dos encontros na região da Paulista, estava inseguro em relação ao curso por não ter tido tempo para estudar nos últimos dias. “Tive que fazer uma viagem ao interior e acabei deixando parte do conteúdo para trás”, disse. Contudo, depois do encontro desta terça diz que está renovado. “Consegui resolver todas as dúvidas, agora vou para casa tentar avançar sozinho”, disse. O jornalista está nas lições da terceira semana do curso. Está aprendendo recursividade, um dos recursos mais poderosos das linguagens de programação.
Zé tem grandes planos para o conhecimento que está adquirindo. Ele quer unir a área de análise de dados com o jornalismo num pacote só e aplicá-lo onde trabalha. Ainda não sabe exatamente como fazer isso, mas já tem alguma ideia. “Estou realmente aprendendo a programar”, disse. “Já tentei várias vezes, mas essa é a primeira vez que estou progredindo, não posso parar”, disse. “Vou até o fim.”
A Escola de Dados está aprendendo tanto quanto os alunos nos encontros do grupo de estudos. Chegamos à conclusão, por exemplo, que um dos caminhos a serem explorados é a manutenção permanente do grupo. Vamos dar apoio para os alunos qualquer que seja o nível deles, onde quer que estejam no curso do MIT. Essa abordagem torna o encontro mais dinâmico e permite a livre-interação entre os alunos. Os que estão mais avançados podem ajudar os que estão chegando agora, e assim por diante. É a fórmula que tem mais funcionado nos últimos encontros.
Isso quer dizer que se você ainda não começou o curso, você pode aparecer no encontro do grupo de estudos e será muito bem recebido. Às terças, a gente se encontra na região da paulista. Aos sábados, experimentamos lugares diferentes. Mais informações na página do grupo. Passa lá!