18 e 19/11 – ESPM SÃO PAULO (CAMPUS ÁLVARO ALVIM)
R. DR. ÁLVARO ALVIM, 123 – VILA MARIANA
DEVO AUTOMATIZAR ISSO?
DIA:
18/11
HORÁRIO:
15:45h
DURAÇÃO:
1:30h
Nível:
Básico
Sobre o workshop
Texto por Natália Santos
O avanço da tecnologia e as novas possibilidades que ela oferece gera questionamentos sobre como inserir, no dia a dia, essas ferramentas que podem poupar um trabalho extra ou até mesmo diminuir o tempo de execução de uma tarefa. Neste workshop, o professor de Mídia e Democracia na Universidade de Maryland, Daniel Trielli, apresentou o passo a passo para identificar se uma tarefa deve ou não ser automatizada.
Partindo da ideia de que o jornalismo é composto por uma série de tarefas distintas, o primeiro passo é identificar quais funções diárias há interesse em automatizar. Essa atividade pode ser desde o monitoramento de redes sociais e publicações, até a busca de fontes, escrita e até mesmo edição de texto.
Após escolher uma atividade, o instrutor propôs uma segunda tarefa: identificar quais são as habilidades intrínsecas que se deve ter para realizar a função escolhida e quais são os valores que os participantes, enquanto jornalistas e comunicadores, não devem deixar de lado ao realizar a função em questão. O terceiro passo é identificar quais opções de ferramentas de Inteligência Artificial (IA) ou automação estão disponíveis para uso.
Daniel explicou que, em geral, as máquinas realizam algumas funções com certa excelência, como seguir instruções, fazer trabalhos repetitivos e volumosos, calcular estatísticas e probabilidades, identificar padrões, classificar, ordenar e filtrar. Mas, ressaltou que é preciso ter cuidado com possíveis vieses que as máquinas podem ter, herdados dos humanos que as construíram. Elas também deixam a desejar em outros pontos, já que não possuem características humanas como ter empatia, moralidade, instinto, compreensão de relevância social, criatividade real e individualidade.
O último passo para identificar se uma tarefa deve ser automatizada é avaliar as opções de IA. As perguntas a seguir podem auxiliar nessa etapa:
- Como o uso da ferramenta poderia ajudar?
- Aumentaria a velocidade ou a capacidade?
- Possibilitaria fazer algo que não era feito?
- Como o uso da ferramenta poderia atrapalhar?
- Ela seria pior que um humano?
Em resumo, a análise de usabilidade da ferramenta deve levar em consideração o que o humano precisa e o que as máquinas prometem, cumprem, possibilitam e atrapalham.
Por fim, Daniel defendeu que as máquinas não devem ser vistas apenas como ameaça. A adoção desses instrumentos podem, por exemplo, liberar os humanos para fazer atividades humanas, uma vez que temos habilidades inerentes humanas e outras não. Assim, cabe ao profissional decidir quando resistir, quando adotar e quando fazer um pouco dos dois.
Referências
Pré-requisitos da atividade
Sem pré-requisitos.
DANIEL TRIELLI
É professor assistente de Mídia e Democracia na Universidade de Maryland. Estuda como algoritmos, automação e inteligência artificial impactam a produção jornalística e a distribuição de notícias. Antes de sua vida na academia, ele trabalhou por uma década como jornalista no Brasil.
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