Mudanças climáticas e dados ambientais

SOBRE O WORKSHOP

Você consegue sentir as mudanças bruscas que vêm ocorrendo na temperatura e no clima? São as mudanças climáticas. No entanto, esses efeitos não são causados apenas pelo envelhecimento do planeta e pelas alterações nas estruturas do solo, mas sim, pela forma como a ação dos seres humanos vem acelerando esse processo, por meio do desmatamento e da poluição da emissão de gases de efeito estufa, dentre outros fatores.

No workshop “Mudanças climáticas e dados ambientais”, Cesar Diniz, da rede Mapbiomas, e Bárbara Zimbres, do SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa), demonstraram como os trabalhos realizados por essas organizações ajudam no monitoramento das mudanças climáticas na Amazônia.

 

 

O Mapbiomas funciona como uma rede de ciência aberta, colaborativa e aplicada para mitigação das mudanças climáticas. Cesar Diniz destacou que o propósito da rede é revelar as transformações no território brasileiro por meio da ciência com precisão, agilidade e qualidade, e tornar acessível o conhecimento da cobertura e do uso da terra.  O objetivo é buscar a conservação e o manejo sustentável dos recursos naturais, e assim atenuar os efeitos das mudanças climáticas.

Já o SEEG, que é uma iniciativa promovida pelo Observatório do Clima (OC), contabiliza os setores da agropecuária, energia, mudanças de uso da terra, processos industriais e resíduos. Sobre o ranking de municípios de 2019, presentes nos sistemas de emissão dos gases estufas, Bárbara Zimbres declara que a Amazônia faz parte de oito municípios que mais emitem carbono.

As mudanças na cobertura e uso da terra são as maiores fontes de emissão e sequestro de carbono no Brasil, representando mais de 70%. A região Norte é responsável por 60% das emissões brutas nacionais do setor. Além disso, é a região que mais tem um declínio das emissões brutas por conta das remoções desses gases em áreas protegidas.

 

 

O workshop apresentou o que pode ser monitorado com os dados abertos ambientais disponíveis na rede Mapbiomas. Como por exemplo: a cobertura e uso da terra e transições, desmatamento, vegetação secundária, irrigação, infraestrutura, superfície de água, cicatrizes de queimadas e qualidade da pastagem e mineração. As informações disponibilizadas pela plataforma já foram citadas em mais de 660 citações em artigos científicos internacionais. Os dados da plataforma também são utilizados pelo SEEG e por diversas empresas espalhadas no Brasil e no Mundo.

Ao final da apresentação, os participantes aprenderam como ter acesso aos mapas, aos destaques, infográficos, estatísticas e tabelas para poder gerar análises e resultados obtidos nas plataformas. A ideia é amplificar o trabalho gerado por essas organizações pela defesa do meio ambiente.

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Referências

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Bárbara Zimbres

Bióloga e especialista em geoprocessamento. Sua experiência acadêmica e profissional a levou a focar na modelagem de uma variedade de aspectos ecológicos em ecossistemas tropicais como a Amazônia e o Cerrado. Ela trabalha atualmente como pesquisadora no Ipam, focando principalmente na modelagem de estoque de carbono e biomassa na vegetação nativa e nas estimativas de emissões e remoções por mudanças de uso da terra no Brasil. É responsável pelos cálculos do setor de Mudança de Uso da Terra e Floresta no Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG).

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César Diniz

Possui graduação em Oceanografia pela Universidade Federal do Pará (2009) e mestrado e doutorado em Geologia e Geoquímica pela Universidade Federal do Pará (2011 e 2017). Tem experiência na área de Sensoriamento Remoto, atuando principalmente nos seguintes temas: Monitoramento de Ambientes Costeiros, Monitoramento de Florestas Tropicais e Aprendizado de Máquina.

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