18 e 19/11 – ESPM SÃO PAULO (CAMPUS ÁLVARO ALVIM)
R. DR. ÁLVARO ALVIM, 123 – VILA MARIANA
A MUITAS MÃOS: COCRIAÇÃO PARA VISUALIZAÇÃO DE DADOS
DIA:
19/11
HORÁRIO:
09:30h
DURAÇÃO:
1:30h
Nível:
Básico
Sobre o workshop
Texto por Ingrid Fernandes
No mundo do design de dados, o desafio de transformar informações complexas em representações visuais claras e acessíveis é imenso. Da teoria à prática, Flávia Marinho e Otávio Burin destacaram a importância da cocriação, um método que envolve os tomadores de decisão desde o início do projeto, garantindo que o produto final esteja alinhado com as expectativas e necessidades de todos.
O sucesso de um projeto de design de dados inicia-se com o envolvimento antecipado dos interessados. Esse engajamento inicial assegura que quaisquer mudanças ou ajustes sejam integrados de forma suave, alinhando expectativas e entregas. Além disso, a reflexão contínua e a materialização das ideias, por meio de desenhos ou outros métodos, são essenciais para o processo, pois podem gerar ideias valiosas.
O design de dados envolve lidar com conhecimentos tanto implícitos quanto explícitos. A cocriação facilita a expressão e a modelagem desses conhecimentos de maneira coletiva. Além disso, permite a identificação de novas abordagens e requisitos que podem surgir durante o projeto.
Segundo os instrutores, a prototipagem, especialmente com modelos de baixa fidelidade criados coletivamente, é crucial. Ela possibilita a visualização de ideias e conceitos antes de avançar para fases mais detalhadas. Paralelamente, avaliações e feedbacks contínuos ajudam a manter o projeto alinhado às necessidades do cliente e do público alvo.
Após a apresentação da teoria, a segunda etapa da oficina foi prática. Trabalhando com dados do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) da região Nordeste, de 1991 a 2010, os participantes discutiram e criaram visualizações de dados com cartolina e canetas coloridas, enfatizando a cocriação como uma abordagem vital no design de dados. Foram discutidos modelos apropriados para cada tipo de dado a ser apresentado. A pergunta mais importante na dinâmica foi: “O que desejo descobrir com esses dados?”
De acordo com Flávia e Otávio, essa metodologia, desenvolvida no estúdio Datadot, não só melhora o resultado final, como enriquece o processo de design, tornando-o mais adaptável e inclusivo. Ao reconhecer a complexidade e a interdisciplinaridade inerentes à visualização de dados, a cocriação promove uma compreensão mais profunda e colaborativa das necessidades, pavimentando o caminho para soluções de design mais eficazes e inovadoras.
Esta abordagem construída a partir de pesquisas acadêmicas e da nossa experiência profissional tem se mostrado eficaz para a criação de conhecimento compartilhado.
Referências
Pré-requisitos da atividade
Não há pré-requisitos.
FLÁVIA MARINHO
Designer de informação e infografista com mais de quinze anos de experiência em redações como Jornal A Tarde, O Estado de São Paulo e Globo. Ganhou alguns dos mais importantes prêmios de infografia e design editorial, como Society of News Design e Information is Beautiful, além de prêmios Globo e Estadão de jornalismo e prêmio Vladimir Herzog. Em 2014 fundou a Datadot e, desde então, já construiu narrativas visuais e projetos digitais para Anistia Internacional, PNUD, B3, Repórter Brasil e Natura. Atualmente, é mentora da Data Visualization Society.
OTÁVIO BURIN
Designer de informação com vasta experiência em infografia e narrativas visuais, trabalhou em grupos de mídia como Globo e Folha de S.Paulo. Desde 2014 é sócio fundador da Datadot e atua com gestão e desenvolvimento de projetos multidisciplinares utilizando design da informação. Já colaborou com empresas dos mais diversos segmentos do mercado como: Anistia Internacional, Google, PNUD, B3 e Natura&Co. Ao longo desses 13 anos, teve projetos premiados dentro e fora do país. É mestrando no programa de Design da FAU-USP, com pesquisa em Visualização de Dados e mentor da Data Visualization Society.
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