18  e 19/11 – ESPM SÃO PAULO (CAMPUS ÁLVARO ALVIM)
R. DR. ÁLVARO ALVIM, 123 – VILA MARIANA

MAPAS ELEITORAIS COM R

DIA:
19/11

HORÁRIO:
11:15h

DURAÇÃO:
1:30h

Nível:
Intermediário

Sobre o workshop

Texto por Lucas Veloso

 

Como entender os fenômenos eleitorais e torná-los de fácil compreensão? Essa foi a pergunta que norteou o workshop ministrado pelos pesquisadores Lucas Gelape, João Guedes Neto e Marco Antonio Faganello. 

Para responder a questão, a atividade utilizou o R, uma linguagem de programação gráfica que é cada vez mais utilizada para manipular, analisar e visualizar dados. Uma de suas características mais atraentes é a facilidade no aprendizado, mesmo para quem não tem intimidade com o universo da programação.

Quando se trata de eleições, partidos e candidatos políticos, e grandes bases de dados, o R surge para facilitar os caminhos e agilizar a visualização dos cenários políticos que estão em constante mudança.

Um exemplo citado pelos pesquisadores foi a eleição de 2018, onde PT e PSL protagonizaram a disputa pela presidência da República. Eles comentaram uma reportagem do site Pindograma que evidenciou como, no Capão Redondo, a disputa aos cargos de deputados estaduais e federais reproduziu essa tendência; mas, no bairro de Pinheiros, o padrão foi quebrado: os deputados mais bem colocados eram do PSOL e do Novo. 

Para quem deseja reproduzir uma análise como essa, a elaboração de um mapa no R pode ser uma boa escolha. “Mapas nos ajudam a contar histórias. E aqui, podemos acessar algumas possibilidades, sobretudo em ambientes polarizados como o que estamos vivendo”,  explicou Lucas.

Na oficina, o primeiro exercício se baseou na eleição de 2014, quando a então presidente Dilma Rousseff (PT) enfrentou Aécio Neves (PSDB) no segundo turno. Para visualizar o resultado da disputa, a proposta foi criar um mapa que coloriu os estados brasileiros de acordo com o candidato mais votado naquela região.

No desenvolvimento, foram utilizados quatro pacotes do R: dplyr, para preparar a tabela de dados eleitorais para análise; sf, para manipular os dados espaciais – recurso essencial para a maior parte das análises que utilizam mapas; ggplot2, para gerar a visualização dos dados; e, finalmente, o pacote geobr, que facilita o acesso a shapefiles (arquivos com dados espaciais) brasileiros.

Os instrutores também disponibilizaram alguns exercícios no GitHub da atividade que ajudam a melhorar os mapas e inserir mais informações.

 

Referências

GitHub da atividade

Gráfico “As duas polarizações de São Paulo”

Pré-requisitos da atividade

R, RStudio, pacotes (tidyverse e sf)

lucasgelape

LUCAS GELAPE

Pesquisador de pós-doutorado no CEPESP FGV, doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo. Atualmente, pesquisa temas relacionados a política local e geografia eleitoral. No jornalismo, trabalhou no G1 e no Volt Data Lab/Núcleo.

joaovictor

JOÃO VICTOR GUEDES-NETO

Pesquisador de pós-doutorado no CEPESP FGV, doutor em Ciência Política pela Universidade de Pittsburgh.

marco-antonio-faganello

MARCO ANTONIO FAGANELLO 

Pesquisador, cientista de dados e pós-doutorando no CEPESP FGV, doutor em Ciência Política pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Atualmente, pesquisa temas relacionados à eleições, partidos, direita e geografia eleitoral.

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