18 e 19/11 – ESPM SÃO PAULO (CAMPUS ÁLVARO ALVIM)
R. DR. ÁLVARO ALVIM, 123 – VILA MARIANA
MICRODADOS NO MAPA: TRABALHANDO COM DADOS GEORREFERENCIADOS DO IBGE
Texto por Caê Vatiero
Em um primeiro momento, construir um mapa do zero parece ser uma tarefa desafiadora e complexa. Neste workshop, o jornalista de dados Lucas Thaynan mostra que é possível criar grandes visualizações georreferenciadas utilizando ferramentas simples e gratuitas, como o Datawrapper.
O instrutor recomendou fortemente o uso do Datawrapper por se tratar de uma ferramenta que permite a criação rápida de mapas responsivos já pré-formatados e oferece diferentes formatos e estilos gráficos personalizáveis, além de ser uma plataforma que facilita a replicação de modelos para usar em diferentes coberturas sobre um mesmo território.
Como exemplo, foram utilizados os microdados do IBGE dos anos de 2010 e 2022, com o objetivo de analisar o crescimento populacional nos municípios brasileiros. O primeiro passo foi baixar as bases com dados sobre o contingente populacional, disponíveis no Repositório de Dados dos Censos (SIDRA), e fazer uma limpeza básica dos dados coletados, para excluir células duplicadas, por exemplo.
Já com a base pronta, Lucas passou por quatro etapas no Datawrapper: selecionar o tipo de mapa — no caso, a escolha foi o coroplético e o que representava os municípios brasileiros; adicionar a base de dados; editar os elementos gráficos de visualização; e, finalmente, publicar e disponibilizar o trabalho on-line.
Há diversas formas de estilizar um mapa dentro da plataforma. No caso trabalhado no workshop, os dados representados no mapa deveriam corresponder à taxa de crescimento por município. Para isso, o instrutor adaptou alguns recursos gráficos: as cores, utilizando vermelho e azul para diferenciar os municípios que cresceram ou não; a legenda, identificando as cores representadas; a definição de título e demais descrições; e ainda aplicou as famosas tooltips, que auxiliam o leitor a identificar os microdados ao passar o cursor por cada região representada.
Chegando ao fim da atividade, Lucas mostrou também que é possível importar um mapa que não está disponível no catálogo do Datawrapper – como é o caso dos distritos da cidade de São Paulo – utilizando o geojson.
Referências
Não há pré-requisitos.
LUCAS THAYNAN
Tem 6 anos de experiência em jornalismo de dados, com domínio em desenvolvimento Python, programação web e design de interfaces. É formado em Jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e pós-graduado em Jornalismo de Dados, Automação e Data Storytelling, pelo Insper. Fundou, em 2017, a startup Agência Tatu, que desenvolve produtos jornalísticos com base em dados públicos com foco no contexto da região Nordeste. Conquistou prêmios com reportagens e projetos voltados à exploração e visualização de dados e outros de fotojornalismo. Atualmente também atua na editoria de Artes do Estadão, com foco na produção de reportagens especiais com base em dados.
Nosso conteúdo está disponível sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, e pode ser compartilhado e reutilizado para trabalhos derivados, desde que citada a fonte.