31/10 A 3/11 – ONLINE
5 e 6/11 – ESPM SÃO PAULO

PRÊMIO CLÁUDIO WEBER ABRAMO DE JORNALISMO DE DADOS

Atenção: a atividade acima será presencial, transmitida ao vivo no canal da Escola de Dados no YouTube.

DIA:
06/11

HORÁRIO:
18:00h

DURAÇÃO:
2:00h

Nível:
Básico

Sobre o painel

A sétima edição da Conferência de Jornalismo de Dados e Métodos Digitais, Coda.Br 2022, foi encerrada em grande estilo com a entrega do Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, no último domingo, dia 6 de novembro.

A premiação homenageia Cláudio Weber Abramo, jornalista pioneiro no debate sobre dados e transparência pública no Brasil. Falecido em agosto de 2018, Abramo foi um dos principais defensores da criação da Lei de Acesso à Informação, fundou a Transparência Brasil e foi vencedor do Prêmio Esso em 2006 com um projeto que cruzava dados de parlamentares. 

O prêmio se tornou uma vitrine da diversidade e do potencial dos trabalhos de jornalismo de dados realizados no Brasil. Sua 4ª edição, uma parceria da Escola de Dados da Open Knowledge Brasil com a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e a Transparência Brasil, distribuiu R$10 mil para os vencedores de quatro categorias: dados abertos, investigação, inovação e experimentação, e visualização.

A jornalista Clara Velasco, do G1, foi a apresentadora da cerimônia. Ela ressaltou a importância do jornalismo de dados no atual contexto político do país e louvou a conferência realizada ao longo do fim de semana, bem como a iniciativa do prêmio. Ao todo, 115 trabalhos foram inscritos este ano.

“Dados Abertos” foi a primeira categoria anunciada. Apresentando a série “Má alimentação à brasileira“, produzida pela Revista Piauí e a agência Fiquem Sabendo, estava a repórter Camille Lichotti. Thays Lavor, do jornal O Povo, do Ceará, contou mais sobre o processo de elaboração da pauta “A cor da dor“. E Stefano Wrobleski, do InfoAmazonia, falou mais sobre a ferramenta Amazônia Minada, a primeira vencedora da noite.

Seguindo a sequência, Marina Rossi, da Repórter Brasil, contou sobre a investigação feita em “O caçador de jazidas: quem é o empresário que lidera a corrida pelo ouro em terras indígenas“. Victor Farias, do G1, trouxe os bastidores da criação da pauta “4 em cada 10 abortos legais no Brasil são feitos fora da cidade onde a mulher mora; pacientes percorreram mais de 1 mil km” e Vinicius Sassine participou enviando um vídeo para falar sobre a reportagem “GSI libera garimpo em áreas preservadas da Amazônia“, da Folha de São Paulo. 

A matéria do G1 foi a vencedora em “Investigação”, e a editora Cintia Acayaba subiu ao palco junto a Victor para aceitar o prêmio em nome da co-autora Patrícia Figueiredo, que atualmente reside na Dinamarca.

Em “Inovação e experimentação”, Bruno Fávero, do Aos Fatos, explicou como funciona a ferramenta de transcrição Escriba; Jade Drummond, do Núcleo Jornalismo, mostrou as possibilidades de uso do BotPonto junto ao YouTube; e Edilana Damasceno e Paulo Mota, o Polinho, trouxeram um vídeo sobre a campanha “Por Que Eu?” e explicaram as etapas de elaboração do relatório homônimo e da matéria “Suspeitos sem fundamento”, revelando o ineditismo da pesquisa do data_labe sobre racismo nas abordagens policiais. 

O BotPonto foi escolhido pelo júri como trabalho mais inovador e a equipe do Núcleo subiu ao palco para comemorar sua primeira vitória na premiação, após ter recebido uma menção honrosa em 2021 pelo aplicativo Monitor Nuclear.

E, fechando a noite, a categoria “Visualização” contou com apresentações de Bruno Fonseca, da Agência Pública; Kevin Damasio, da Ambiental Media; e Lucas Thaynan, da Agência Tatu. “Mapa dos conflitos“, “Aquazônia” e “O voo dos MEIs“, respectivamente, eram os trabalhos que concorreram nesta categoria. 

Segundo o júri, Aquazônia, o trabalho campeão, “é elegante nas cores e navegação. Fez bom uso do recurso 3D para dar dramaticidade à narrativa e prender o leitor” e “dá um passo além do que se vê até aqui nos melhores trabalhos de jornalismo de dados normalmente produzidos no Brasil”.

claravelasco

CLARA VELASCO

Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (USP), pós-graduada em Gestão Pública no Insper e especialista em comunicação guiada por dados. Tem mais de 12 anos de experiência na área de comunicação, trabalhando nas maiores empresas de jornalismo no país (TV Globo, Folha de S.Paulo e Band). Atualmente, trabalha como repórter sênior de dados, checagem de notícias e projetos especiais no g1, da Rede Globo.

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