Analisando dados com ChatGPT
SOBRE O WORKSHOP
Texto por Yasmin Fonseca
Revisado pela Escola de Dados
As ferramentas de IA (Inteligência Artificial) estão cada vez mais entranhadas em ações do nosso cotidiano. Com a perspectiva crescente desta presença, Lucas Thaynan deu o pontapé inicial de seu workshop. Na atividade, ele apresentou algumas ferramentas de maneira prática, para mostrar a importância de se construir uma boa pergunta e as possibilidades de sua utilização.
O ChatGPT é programa de IA desenvolvido pela OpenAI e projetado para responder perguntas, fornecer informações e manter conversas com usuários de forma natural e eficiente, atuando por meio de Machine Learning (modelos que permitem às máquinas aprender e tomar decisões com base em dados em uma dinâmica semelhante ao funcionamento neural humano). A ferramenta tem se mostrado boa para auxiliar a execução de diversas tarefas, a partir de respostas rápidas e aparentemente completas.
Apesar desta complexidade em relação à quantidade de informações oferecidas, Lucas enfatiza que a ferramenta foi desenvolvida para gerar textos coerentes, mas não necessariamente verdadeiros.
Como exemplo, o palestrante perguntou para o ChatGPT quantas vezes o Brasil ganhou o Oscar (prestigiado prêmio da indústria cinematográfica) e a ferramenta prontamente respondeu as supostas vezes que o Brasil ganhou a premiação, citando também as vezes em que o país foi indicado ao prêmio. Nenhuma produção ou atuação brasileira levou a estatueta até então.
Como este tipo de interação é corriqueiro no uso do ChatGPT, que oferece respostas com fatos e situações cuja veracidade nem sempre podem ser facilmente constatadas, a dica do workshop foi de aumentar a atenção, a clareza e a objetividade do prompt (comando dado à máquina) que o usuário insere. “Quanto mais detalhado e bem explicado é o prompt, maior a precisão da resposta do ChatGPT. Esse trabalhinho extra por parte do usuário garante que as informações geradas sejam mais específicas e mais aproximadas ao que o usuário deseja”, explicou Lucas, que também indicou que se faça a dupla verificação com outras fontes existentes sobre as informações ali geradas sempre que possível.
O palestrante alertou, ainda, quanto a inserir ou informar dados sensíveis do usuário à ferramenta. É preferível evitar utilizar informações pessoais ou confidenciais, como dados médicos, financeiros, de identificação e afins, uma vez que não há garantias explícitas de transparência sobre de onde vêm e como são coletados os dados para a alimentação da IA.
Lucas também mostrou outras ferramentas de Inteligência Artificial que podem auxiliar em tarefas com dados. No Chat with any PDF, é possível inserir documentos em PDF para conversar e realizar perguntas à IA sobre o conteúdo contido no texto. A YouTube Summary with ChatGPT e Claude é uma extensão para navegador que realiza resumos inteligentes sobre o conteúdo de vídeos de longa duração do YouTube.
REFERÊNCIAS
Lucas Thaynan
Jornalista de dados, designer, desenvolvedor Python e programador web. Formado em Jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e pós-graduado em Jornalismo de Dados, Automação e Data Storytelling, pelo Insper. Cofundador da startup Agência Tatu, que desenvolve conteúdos e produtos jornalísticos com uso de dados públicos para o contexto da região Nordeste. Hoje também atua no núcleo de Artes do Estadão, com enfoque na produção de reportagens visuais baseadas em dados.
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