Texto por Jefferson Sousa
Revisado pela Escola de Dados
Bianca Cavalcante, pesquisadora do Greenpeace Brasil, mostrou como apurar dados locais para prever eventos climáticos de impacto no workshop “Dados locais e planejamento de eventos climáticos”.
Na atividade, Bianca descreveu como ferramentas digitais podem ser utilizadas pela sociedade ao se tratar de aspectos socioambientais, como forma de cobrar dos governos medidas urgentes e emergentes na prevenção de catástrofes.
Os participantes tiveram a oportunidade de ampliar seu conhecimento sobre como as mudanças climáticas afetam a região amazônica e os possíveis impactos num futuro próximo. A instrutora alertou que, segundo o Serviço Geológico do Brasil, Belém possui 125 áreas de riscos. Destas, 76 correspondem a inundações e alagamentos e 49 a erosões costeiras. Um dos participantes chegou a destacar que as mudanças climáticas já podem ser sentidas no dia a dia.
Ao longo do workshop, Bianca detalhou como o futuro pode ser próspero se utilizarmos com inteligência as ferramentas digitais emergentes que surgem diariamente para arquitetar um lugar seguro e sustentável.
Com a inteligência artificial generativa, por exemplo, a agenda climática pode ganhar novos contextos, intercambiando aspectos sociais que elevem nossa população a um novo e promissor patamar. A preocupação do momento, segundo os participantes, é depender da vontade de governos que investem na monocultura ou na criação exacerbada de gado, em detrimento de uma agropecuária que se preocupa com o meio ambiente.
Para sanar algumas dúvidas que surgiram ao longo da oficina, como qual ferramenta pode-se adotar para observar as questões climáticas, Bianca sugeriu que os participantes tivessem a curiosidade de procurar não só ferramentas digitais, como também associações que estão na base desses dados.
De acordo com a pesquisadora, o ideal seria utilizar dos dois aportes, físico e digital, para reunir informações necessárias para combater o avanço descontrolado da poluição e destruição do meio ambiente.
Ao longo da sessão, os participantes também levantaram problemáticas não só sobre a Amazônia, como também os outro biomas do Brasil, destacando que deveria haver um consenso entre os governantes sobre como preservar nossas riquezas naturais, com vistas a preservar também o futuro das próximas gerações.
O momento deixou mais perguntas que respostas, instigando quem participou do debate a pautar ações que tragam mudanças benéficas para a nossa sociedade.