Dia 27 de maio, a aula ao vivo “Siga o dinheiro!”, com André Campos e Piero Locatelli, marcou o encerramento da primeira turma do curso Jornalismo de Dados Ambientais. Com 4 semanas de aulas, o treinamento recebeu mais de 800 candidaturas para as inscrições gratuitas, oferecidas em parceria com a Earth Journalism Network. Ao todo, foram mais de 300 pessoas selecionadas para a atividade. Todo material está com acesso aberto em nosso site e nosso canal no YouTube.

“O curso gerou imensos impactos positivos. Foi a descoberta de um mundo novo. Planejo utilizar os conhecimentos adquiridos na elaboração da disciplina Jornalismo Ambiental, no curso de Jornalismo da UNIFAP, onde leciono. Além disso, também motivou o retorno de um programa de rádio, o Fala Amazônia, em formado de podcast. Assim como tem sido tema importante para as reportagens do meu projeto de extensão, a AGCOM, e deve ajudar muito a planejar e realizar um curso para os profissionais locais, junto com parcerias mais experientes no campo. (…)” – Lylian Rodrigues, professora da UNIFAP.

Bolsas para a produção de reportagens

No âmbito do mesmo projeto, também ofertamos duas bolsas para a produção de investigações sobre meio ambiente baseadas em dados, por meio de uma chamada pública. Recebemos dezenas de propostas extremamente qualificadas e fizemos uma seleção após uma análise cuidadosa à luz dos critérios estabelecidos.

Uma das bolsas foi destinada a Larissa Zuim, jornalista e doutoranda em geografia pela Universidade Federal de Rondônia, que investigou questões relacionadas a gênero, desmatamento e posse da terra na reportagem “No país do agrotóxico, mulheres da agricultura familiar de Rondônia vão na contramão e 58% não utilizam veneno“, publicada no Portal Amazônia. O texto mostra, por meio de dados, que a maioria dos estabelecimentos agrários em Rondônia é de agricultura familiar e que as mulheres que produzem nesta modalidade no estado utilizaram menos agrotóxicos que os homens

Conflitos fundiários e impactos socioambientais em Alter do Chão foram examinados pela reportagem “Alter do Chão ameaçada“, produzida pela Frente de Comunicação Indígena Borari e publicada pela agência de jornalismo independente e investigativo Amazônia Real. O material foi produzido utilizando a plataforma documental.xyz.

OUTRAS REPORTAGENS

No formulário de avaliação do curso, 97% das pessoas que responderam ao questionário classificaram o treinamento como “Bom” ou “Excelente” e 98% afirmaram que vão usar ou já usaram algum conhecimento obtido no curso em seus trabalhos. Alguns participantes do curso já puderam inclusive aplicar o conhecimento adquirido em reportagens. Confira algumas delas abaixo.

CURSO aberto

A formação introdutória apresentou recursos, ferramentas e conceitos para a área, com foco na cobertura de queimadas e desmatamento na Amazônia por meio de exercícios práticos. Agora, o curso está com acesso inteiramente aberto para o público, com as gravações das aulas ao vivo da primeira turma. Para ter acesso ao material, basta usar seu login ou criar um cadastro no site da Escola de Dados e se inscrever na página da atividade. Nesta momento de abertura total do curso ao público, não ofereceremos certificados de participação.

“Em maio, concluí o curso de Jornalismo de Dados Ambientais da Escola de Dados, em parceria com a Open Knowledge Brasil. Foi um mês de aprendizado intenso com professores incríveis, que ensinaram desde interpretação de dados públicos até visualização prática em plataformas como o QGIS e o Landsat Explorer. A área socioambiental não só me é cara, como também tema do meu TCC. Recomendo imensamente os cursos da Escola de Dados! Super didáticos, úteis e gostosos de fazer!” – Amanda Péchy, jornalista da Casa do Saber.

Novos tutoriais SOBRE O TEMA

Ainda no contexto deste projeto, preparamos e disponibilizamos três novos tutoriais. O primeiro aborda ferramentas para jornalistas de dados ambientais. O segundo mostra como fazer cruzamento de dados de desmatamento e agropecuária em Python, resultado de um webinar realizado pela Escola de Dados em parceria com o site Base dos Dados. Por fim, o último tutorial apresenta fontes de dados sobre o tema no Brasil e traz também um catálogo colaborativo com mais de 200 sites onde é possível encontrar dados ambientais, no âmbito municipal, estadual, federal e internacional.