Evento reúne jornalistas, programadores e demais interessados em dados abertos no Mulligan Irish Pub, dia 19/02
Porto Alegre recebe a primeira edição do Cerveja com Dados no dia 19 de fevereiro, terça-feira, às 19h, no Mulligan Irish Pub (Rua Padre Chagas, 25). Organizado pela Escola de Dados desde 2016 em diversas cidades brasileiras, o evento tem como propósito integrar a comunidade de jornalistas de dados, programadores e demais interessados em dados abertos num encontro informal e inspirador.
O evento consiste em três apresentações dinâmicas, de aproximadamente 10 minutos, seguidas de bate-papo com os participantes. A organização em Porto Alegre está a cargo das jornalistas Taís Seibt, co-fundadora do Filtro Fact-checking, e Alexandra Zanela, diretora da Padrinho Conteúdo.
Nesta edição, o professor da Uniritter Francisco Amorim falará sobre os limites e as possibilidades da estatística inferencial no jornalismo; a jornalista Naira Hofmeister apresentará o projeto “Inimigos da Amazônia” sobre os desmatadores da floresta; e a doutoranda em Comunicação da UFRGS Marília Gehrke irá mostrar as principais fontes de informação do jornalismo guiado por dados no Brasil, na Argentina e nos Estados Unidos.
A programação começa às 19h, mas desde as 18h o Mulligan já estará de portas abertas com 50% de desconto no chope Pilsen ou Ipa e no Moscow Mule, e mais 30% off nas pizzas para compartilhar. A promoção vale até as 20h. Após as apresentações, segue a programação da casa com música ao vivo a partir das 21h. Interessados em participar, devem confirmar presença na lista bit.ly/cevadadospoa. Há também um evento na plataforma Meetup, onde os participantes poderão acompanhar futuras edições.
Confira o resumo das apresentações:
– Jornalismo guiado por dados ou jornalismo sobre dados?
Francisco Amorim, jornalista, doutor em Sociologia pela UFRGS e professor de Jornalismo Digital e Metodologia de Pesquisa na Uniritter
O repórter poderia avançar na investigação social para além de médias, taxas e gráficos de dispersão, característicos da estatística descritiva? Partindo dos princípios basilares do jornalismo de precisão, o palestrante apresenta os limites e as possibilidades da estatística inferencial para a reportagem em profundidade. O tema deriva de recente pesquisa, na qual Amorim propõe a aproximação dos campos do jornalismo e da sociologia.
– Inimigos da Amazônia
Naira Hofmeister, jornalista freelancer
O projeto “Inimigos da Amazônia” foi financiado pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos com o propósito de, a partir do cruzamento de dados públicos, encontrar os maiores responsáveis pelo desmatamento da Amazônia. A investigação gerou um banco de dados com visualizações interativas e informações inéditas que serão publicadas em parceria com o site InfoAmazônia, que pretende manter atualização regular dessas informações. Também fazem parte do projeto duas reportagens de fôlego que enfocam casos e personagens que simbolizam o padrão de atuação dos desmatadores na floresta, que se valem da ineficiência do poder público e das relações de poder para perpetuar seus crimes.
– As fontes no jornalismo guiado por dados
Marília Gehrke, jornalista e doutoranda UFRGS
A partir da análise de 60 notícias em veículos de referência e nativos digitais, a proposta é discutir as origens da informação no jornalismo guiado por dados praticado no Brasil, na Argentina e nos Estados Unidos. Bancos de dados, estudos científicos e publicações em sites de redes sociais estão entre as fontes documentais identificadas na pesquisa de mestrado da palestrante, cuja trajetória também gerou a co-criação da iniciativa Troco Dados.